quinta-feira, 22 de janeiro de 2015

Aliça Monster



Aliça Monster


Merença e o Monstro das Araruamas. Merença viajou nas ideias e na internet. O acesso às novas tecnologias de informação lhe trouxeram novas ideias. A possibilidade de obter um conhecimento, e a imaginação de criar brincadeiras que não pode brincar em sua infância. Um tempo que brincava na rua, e se sujava com um barro vermelho.

Supõe-se que pesquisou na internet a ficção, e a verdade de vários animais e monstros, que vivem ou viviam em lagos e lagoas, e em águas represadas. Com muita ajuda das companhias próximas, com Predos e Caços, pode ter conseguido navegar na internet, sem se afogar. E levou Aluizo marinheiro rebocado, pelas redes sociais. Navegou em águas rasas pelas ondas da internet. Liberou um monstro contido em sua mente. Um monstro de águas rasas, e ideias sujas.

Pode transferir suas ideias e imaginações para a Lagoa de Araruama, e algumas piscinas do Parque Araruama. Circulava entre piscinas e lagoas que tinham o nome de Araruama. Já fora vista esparramada pelas praias da lagoa, e chafurdando-se em piscinas de diversos tamanhos, desde que fossem rasas, com uma baixa altura de água, para não afundar e se afogar. Tal como a lagoa, que é característica por ter águas rasas, além da alta concentração de sal, que facilita ao monstro não afundar.

Aliça Monster era um monstro que lavava a bunda em águas represadas e contaminava as águas e os banhistas. Contaminava o ambiente e atacava banhistas, que queriam impedir suas necessidades. Um monstro que mergulhava, afundava e soltava gazes borbulhantes nas profundezas, que chegavam à superfície com odores insuportáveis, e faziam com que as pessoas se afastassem do ambiente com as águas. Junto com o cheiro insuportável e asfixiante, dos gases, sempre havia uma desconfiança de que alem dos gases serem fétidos, eles também poderiam ser tóxicos.  E todos evitavam chegar muito próximo. Quando tinha a intenção de atacar, o monstro chegava à piscina rasa, com uma calçola grande e furada; e um sutiã velho e desgrenhado. Uma roupagem que facilitava suas arengas e contaminações. 

A Tia Professorinha providenciava máscaras de EPI, quando Merença atacava de Aliça Monster. E quando as pessoas se aproximavam, quando chegavam muito próximo de seus raios de ação, Aliça ameaçava apertar as muxibas, de onde saiam jatos de um liquido ácido. Uma posição de ataque e defesa pela frente, com ameaças e possibilidades de lançar jatos líquidos pelas muxibas, e uma posição de defesa na retaguarda por gazes lançados no ambiente. Por vezes nem mesmo Merença suportava suas gazes, e era obrigada a mergulhar até que e efeito nauseante terminasse.

Durante suas aparições em piscinas de fundo de quintais, coisas desapareciam misteriosamente. Peças de roupas e pregadores de roupas desapareciam sem deixar vestígios. Qualquer pregador de roupa ou peça de roupa esquecida no varal estaria condenado a desaparecer. Ninguém sabia precisar como tudo desaparecia, se eram desintegrados por gazes e ácidos expelidos, ou se Aliça levava para suas tocas, onde se escondia até uma nova aparição, uma hipótese mais provável. 

Outras hipóteses sobre o monstro ainda não confirmadas é a de que algumas vezes tomava banho nas caixas d’águas, que tinham um fácil acesso. Bancos de um vizinho anterior sumiram. Dois bancos e um banquinho ficaram desaparecidos, um fato que reforça a hipótese de serem utilizados para entrar em caixas d’água. Seria fácil entrar em uma caixa d’água com dois bancos, colocando um do lado de dentro e outro do lado de fora. O banquinho serviria como um primeiro degrau. Evitando esforços e afogamentos. Analises da água das casas seriam necessárias para comprovar a contaminação, já que por muitas das vezes a vizinhança ficava um tanto nauseabunda.... 




Sumiram os bancos e o banquinho, e ficou um mal cheiro no ar.


22/01/2015


AVISO/NOTICE/AVISO
* Esta é uma história de ficção. Qualquer semelhança com casos ou pessoas terá sido mera coincidência
 * This is a fictional story. Any resemblance to actual cases or persons is entirely coincidental
 * Esta es una historia de ficción. Cualquier parecido con casos reales o personas es mera coincidência.


Aliça Monster

Texto disponível em:



sábado, 17 de janeiro de 2015

Tio padrinho



Tio padrinho





─ Boa noite dona Merença. Qual será a nova sofrência?
─ “Euvim canta a Índia”.

─ Alôooo.... Terezinha, quem vem cantar hoje aqui.... é a sua madrinha.
─ Uma salva de palmas para dona Merença.
─ CLAP, Clap, clap, clap clap, ap,.. ap......

─ “Eu quiria dedica a musica pro o meu marido”.
Alguém levanta na plateia e começa a gritar: ─ Tio padrinho!  Tio padrinho! Tio ......

─ E qual o nome do seu marido dona Merença?
─ “O nomi du meu maridão é Aluizo”.
E na plateia alguém continua a gritar: ─ Tio padrinho!  Tio padrinho! .....

─ Alôooo.... Aluizo, quando é que você vai tomar juízo? ...
─ Alôooo.... tio padrinho, você parece um ratinho, .... devolve as ferramentas do seu vizinho.




E a pessoa na plateia continua a gritar: ─ Tio padrinho!  Tio padrinho!
─ Alôooo.... tio padrinho, para de fazer bico .... e devolve a serra tico-tico.
Na plateia: ─ Tio padrinho!  Tio padrinho!
─ Alôooo.... tio padrinho, vamos parar de fazer zoeira, ....... e devolve logo a furadeira.

─ Vamos volta agora com a dona Merença...
─ dona Merença, veio cantar com uma roupa, ... com a cor do PT.
─ Vamos lá dona Merença, .... cante e justifique a sua presença
─ “índia teus cabelos nos ombru caído ......”

─ FOM! Fom! Fom! fom!
─ E é PT na musica também. Perda Total.






─ Dona Merença! Dona Merença ?
─ Produção !?
─ Produção! Onde está a Dona Merença?
[Produção] ─ Acabou de sair correndo pela porta de emergência.

17/01/2015

“Tio padrinho”
AVISO/NOTICE/AVISO
* Esta é uma história de ficção. Qualquer semelhança com casos ou pessoas terá sido mera coincidência
 * This is a fictional story. Any resemblance to actual cases or persons is entirely coincidental
 * Esta es una historia de ficción. Cualquier parecido con casos reales o personas es mera coincidência.

Texto disponível em:



OUTROS TEXTOS

“Mais algumas buzinadas”
AVISO/NOTICE/AVISO
* Esta é uma história de ficção. Qualquer semelhança com casos ou pessoas terá sido mera coincidência
 * This is a fictional story. Any resemblance to actual cases or persons is entirely coincidental
 * Esta es una historia de ficción. Cualquier parecido con casos reales o personas es mera coincidência.

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“A Discoteca da vizinha”
AVISO/NOTICE/AVISO
* Esta é uma história de ficção. Qualquer semelhança com casos ou pessoas terá sido mera coincidência
 * This is a fictional story. Any resemblance to actual cases or persons is entirely coincidental
 * Esta es una historia de ficción. Cualquier parecido con casos reales o personas es mera coincidência.

Texto disponível em:

“Dona fulustreca”
AVISO/NOTICE/AVISO
* Esta é uma história de ficção. Qualquer semelhança com casos ou pessoas terá sido mera coincidência
 * This is a fictional story. Any resemblance to actual cases or persons is entirely coincidental
 * Esta es una historia de ficción. Cualquier parecido con casos reales o personas es mera coincidência.

Texto disponível em:

terça-feira, 13 de janeiro de 2015

Dona Fulustreca



Dona Fulustreca






Dona Fulustreca era uma pessoa de confiança na família de Aluizo e Merença. Conhecida de muitos anos, já passara e engomara. Trocava as fraldas de Tio Mauricinho, enquanto ele era pequeno. Depois das fraldas chegaram as cuecas de Tio Mauricinho. Uma velha conhecida da família que já trabalhara como passadeira de roupas na casa de Aluizo e Merença. Deixou de trocar as fraldas do tio Mauricinho chegando ao tempo de passar e engomar as camisas sociais do tio Mauricinho. Passagens de um tempo distante, bem antes da Tia Caloteirinha assumir a posição de passadeira oficial da família. 

Tempos tão antigos fizeram parte daquela família e de dona Fulustreca, chegando a uma época que também rolou uma paixão entre dona Fulustreca e o Tio Mendiguinho. Algo ligando em cima e esquentando em baixo. Por pouco dona Fulustreca não aceitou e acreditou nas palavras de Tio Mendiguinho, que dizia: “panela velha é que faz comida boa”. Viu dona Fulustreca passando roupa e quis passar o ferro na velha. 

Tio Mendiguinho já fora empresário bem sucedido. Tio Mendinguinho já fora gerente de um trailer. O “Trailer Classe C”, nos tempos do dinheiro chamado de cruzeiro. Um trailer que vendia cachaça, conhaque, cinzano e caipirinha; cigarros, cervejas e caldinhos. Localizado em um canto, perto do cemitério da Cacuia. Mas o empreendimento foi para as cucuia. Tio Mendiguinho ganhou o diploma de “Freguês Classe C”. Um diploma idealizado, promovido, patrocinado e confeccionado por ele mesmo. Ele comeu e bebeu, criou o premio e ganhou.

A confiança depositada na Fulustreca era tanta que a Tia Professorinha contratava dona Fulustreca para ser dama de companhia de Lady K. Dona Fulustreca era alem de passadeira, e dama de companhia, era uma eximia cozinheira. Quando a Tia Professorinha deixava algo para o almoço, antes de sair para trabalhar. Um almoço já meio pronto, meio encaminhado para dona Fulustreca e Lady K. Como por exemplo, bifes já cortados e temperados, faltando apenas fritar. Dona Fulustreca transformava os bifes em apetitosos picadinhos, picando os bifes já prontos e temperados, acrescentando água e colocando para cozinhar. Ao terminar o preparo reinava uma duvida claro, em saber se era uma sopa ou um caldinho. Terminada a refeição Fulustreca acomodava-se no sofá da sala para encontrar uma melhor posição, deitar, dormir e cochilar. Era comer, olhar para a TV, cair, e dormitar, chegando a roncar. 

Hoje Lady K, já não tem mais a dama de companhia e não namora mais o Viniçu. Esta noiva de Chon, um chinês nascido nos EUA, que agora mora no Brasil, e é dono de uma loja que vende roupas e acessórios fabricados na China. Vende roupas no planalto central durante a semana, no estilo sacoleiro. E no Rio de Janeiro, trabalha na loja, nos finais de semana, o dia inteiro.

Por muito tempo depois de terminar os tempos de jornadas, em passagens e passadeiras, dona Fulustreca frequentou e frequentava a casa de Aluizo e Merença. Sempre discreta, chegava sem avisar. Dona Fulustreca não era uma pessoa chegada a luxos, bastava lhe dar um pirão dágua com farinha, para ela dizer que a comida estava uma “diliça”. Depois de fartar o bucho e encher a pança, dispensava um café e uma sobremesa, lhe bastava um lugar para sentar e cochilar. E aguardar a hora do café chegar.

O café da tarde com a pontualidade das quatro horas era uma das únicas coisas que prestavam na casa de Merença e Aluizo. Com um pão quentinho de uma padaria próxima, vinha sempre a calhar, sem encalhar.

AVISO/NOTICE/AVISO
* Esta é uma história de ficção. Qualquer semelhança com casos ou pessoas terá sido mera coincidência
 * This is a fictional story. Any resemblance to actual cases or persons is entirely coincidental
 * Esta es una historia de ficción. Cualquier parecido con casos reales o personas es mera coincidência.

RN, 13/01/15


sábado, 10 de janeiro de 2015

Mais algumas buzinadas



Mais algumas buzinadas

─ Alôooo.... dona Terezinha, olha aqui a sua vizinha.
─ Alôooo.... Você conhece a Tia Peteka? Aquela que brincava com a Tia Professorinha, de boneca.
─ Boa noite dona Merença. Veio cantar alguma sofrência?
─ “Euvim canta a Índia do Tiririca”.
─ Uma salva de palmas para dona Merença.
─ CLAP, Clap, clap, clap clap, ap,.. ap......
─ Índia teus cabelos, teus cabelo. Índia teus cabelos teus cabelos. Indiaaa...... os teus cabelos......
─ FOM! Fom! Fom! fom!




─ Dona Merença, a senhora usa xampu de laranja?
─ Não!
─ Dona Merença, a senhora tomou chá de folhas de laranjeira?
─ Não!
─ Dona Merença a senhora chupou limão?
─ Não! “E pruquê essas preguntas?”
─ A sua voz e os seus cabelos estão um bagaço. Uma bagaceira geral.
─ Uma salva de palmas para dona Merença.
─ Uhhhhhhhh...

E Merença voltou para casa, com Aluizo em seu Gordini. Voltaram por uma estrada com muitas pedrinhas. Cataram pedrinhas por uma estrada, e encontraram algumas flores pelo caminho, como rosas, dálias e crisântemos. Pararam em algumas casas e Merença foi bem recebida.

─ Olá dona Merença, a que devemos a sua presença. 

Merença irritou-se com a saudação, interpretando ser uma gozação em referencia ao local das buzinadas. Não entrou e continuou seu caminho. Aluizo buzinou o Gordini e partiram. Merença se recusou a entrar na casa e tomar um café, ou comer um pedaço de bolo. Há muito tempo os parentes e os vizinhos, já lhes serviam em copos, talheres, e pratos descartáveis. Diziam que era para não sujar as louças, mas Merença e Aluizo sabiam que havia outro motivo oculto. E este ato vinha irritando os dois. Mais um motivo para não entrar nas casas para lanchar. De nada adiantava entrar e comer, e depois sair com um pedaço de bolo embrulhado em um guardanapo. Estavam de carro, e outras coisas poderiam levar. 

Merença preferia voltar para casa, para olhar e escutar sua coleção de CDs. Uma coleção conquistada com sacrifício e discrição. Em sua casa ela podia fazer faxinas e cantar, sem alguém para buzinar. Ainda assim os vizinhos para disfarçar passavam de carro em frente à sua casa, acenavam e buzinavam. Mal sabendo eles dentro da casa que os objetivos das buzinadas eram outros.

Tia Caloteirinha seguia os exemplos de Merença. Cantava um pouco também, arriscava um inglês portenho. Cuidava da casa, das roupas do Caço, e das cuecas de MC Ardeu. Até o dia que Aluizo proibiu a entrada de peças intimas e não intimas de MC Ardeu. Com sua voz rouca de Pato Donald disse que não queria mais que Tia Caloteirinha lavasse as roupas do MC Ardeu, em sua casa. Embora tivesse estratégias para reduzir o consumo de água e energia elétrica, Aluizo queria ter e manter a condição de comandante em seu barco. Quem não aprovasse suas regras que desembarcasse. E as roupas de MC Ardeu foram dar em outros lugares, e nadar em outras águas.

Certa vez Aluizo desembarcara o Tio Carrofortinho, que saiu do barco, levando uma tripulação. E um dia muito tempo depois, ele pediu permissão para reembarcar. O tio Mauricinho, a tia Professorinha e a tia Caloteirinha chegaram a interceder a favor do Tio Carrofortinho. Em outro dia depois, o Tio Mauricinho desembarcou por vontade própria, deixando um grumete e uma ordenança.

E em um dia distante Aluizo também desembarcou a Tia Professorinha, que chegou com um clandestino sem documentos ou passaporte, e o embarque não foi autorizado. Muito tempo e muita negociação foram necessários para o reembarque de Tia Professorinha. As condições e as profissões de Tia Professorinha favoreceram entrar no barco novamente, trazendo conhecimentos de salva-vidas.

AVISO/NOTICE/AVISO
* Esta é uma história de ficção. Qualquer semelhança com casos ou pessoas terá sido mera coincidência
 * This is a fictional story. Any resemblance to actual cases or persons is entirely coincidental
 * Esta es una historia de ficción. Cualquier parecido con casos reales o personas es mera coincidência.


RN 10/01/15

A Discoteca da vizinha
Texto disponível em: