terça-feira, 23 de setembro de 2014

Lições da Vida – Catita Fofoqueira



Lições da Vida – Catita Fofoqueira

Lições da Vida ( I ) ou Catita Fofoqueira

Parábolas e historias trazem lições, para ficar na memória. Lições de aprendizado e conhecimento, e aqui poderia ser a historia ou a parábola de catita fofoqueira.

Ao longo do tempo, a vida nos traz lições. Lições que podem ser visualizadas, reconhecidas, interpretadas e aprendidas. Cada um pode ter sua sina, e cada um tem a opção de analisar a própria história, e a opção de querer aprender ou mudar, evoluir e melhorar. Cada um tem a opção de repetir cenas e doses, castigos e remédios a partir das lições que a vida oferece. 

E a visualização das lições pode ser mais bem entendida e compreendida por quem esta de fora. Por quem esta de fora, aberto a evoluções, observações e analises. Quem observa um histórico e analisa um presente. Não importa o sujeito não aceitar, mas fica fácil diagnosticar. Daí a razão de médicos e psicólogos participarem de um processo de cura do paciente. 

E segue aqui a lição de um fofoqueiro de São João, com hábitos de catita. O grande fofoqueiro de São João, que alem ter modos de catita, também parecia um bem-te-vi, olhando aqui e ali, corria para contar ao outro o que viu. Na espreita de um muro ou portão não passava alguém bom. Por muito tempo contou o que viu aqui e acolá, e fez a escola a do netinho. Pagou sua escola tradicional, do netinho, e foi orientador na especialização de ver e correr para fofocar. Como um bem-te-vi ainda pequenininho, já sabia observar e correr a contar para quem não estava de plantão na tarefa de espiar.

Comprimentos e cumprimentos: Distribuíam cumprimentos aos passantes. O vovô, a vovó e o netinho faziam plantão do amanhecer ao anoitecer. Era bom dia, boa tarde, e boa noite, para quem passava na rua e era visto do muro ou do portão. Depois de o vizinho passar, e olhar pelas costas, com um bom comprimento, na distancia, para que não pudesse escutar, vinha uma frase jargão: aquele (a) ali não vale nada. Mal sabiam que junto com a pessoa poderia ter passado um espelho.

E a vida lhe trouxe um câncer na garganta, necessitando ser operado. Ficando com a sonorização da voz alterada, parecendo voz dublada do Pato Donald. Por necessitar de muito esforço para falar, passou a gesticular e emitir sons indecifráveis. Diminuiu o falar e passar usar as mãos para gesticular. Gesticulando poderia carregar o que via, e podia fazer sem ninguém notar. Levava o que via e o que podia, tal como catita. Os que lhe eram próximos soberam do seu câncer cuidar. 

A partir de visões fisiológicas e patológicas, medico aqui e exame ali dependia de outros para se cuidar, pois não podia mais falar. Talvez tenha perdido as chances de a alma melhorar, já que novas patologias, com novas lições estavam prestes a chegar. 

Depois de anos como fumante, a fumaça abrandou bastante ao seu redor, deixando lembranças impregnadas em seu pulmão. Com uma redução na capacidade de respirar, aumentando o seu cansar. E a vida lhe trouxe outra lição. Depois de tanto furtar, agora não se sabe se furta, mas com certeza não pode mais carregar.


Rio de Janeiro/RJ ─  23/09/2014







Texto produzido para:
Blogs
Palavras Chaves: gestão; qualidade; conhecimento

Palabras Clave: gestión; la calidad; el conocimiento

Key Words: management; quality;  knowledge




CMEC/FUNCARTE
Cadastro Municipal de Entidades Culturais da Fundação Cultural Capitania das Artes

Natal/RN




Roberto Cardoso




Nenhum comentário:

Postar um comentário